Mailson Furtado há palavras que não cabem
fora de hora
umas nascem pra noite
outras meio-dia
outras pra nuvens
outras são sempre
outras são sustos
Quem sou

Um pouco sobre
Mailson Furtado

Autor e editor independente, dentre outras obras, de à cidade, vencedora do Prêmio Jabuti 2018 – categorias Poesia e Livro do Ano. Diretor e ator da CIA teatral Criando Arte, e produtor da Casa de Arte CriAr.

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Com elementos geográficos, históricos, sociológicos, políticos, físicos, metafísicos, folcloristas, genealógicos, à cidade é um poema que vem apresentar de forma contemporânea uma visão de uma cidade do sertão, com plano de fundo para aquelas banhadas ou mudadas indiretamente pelo caminhar do Rio Acaraú na Zona Norte do estado cearense. O poema mistura a vida do autor e suas gerações à vida construída por um povo migrante há mais de três séculos. Nele a cidade se constrói, se destrói, se remonta, se inventa e reinventa e ganha inúmeras significações do que pode ser.

à cidade, obra vencedora do prêmio Jabuti em 2018, vem instigar o leitor à pesquisa, ao conhecer, ao buscar termos, citações sobre o ambiente que tomou por base, o sertão Norte do Ceará, entre o litoral extremo-oeste, a serra da Ibiapaba, a Meruoca e das Matas. à cidade vem assim, apresentar uma faceta do que é ser cearense, aquele/este do interior da cidade.
Tantos Nós é a primeira publicação dramatúrgica de Mailson Furtado. Um texto montado a partir de relatos autobiográficos por membros da CIA Criando Arte de Varjota|CE, e em circulação desde 2017. Apresenta a seara de 4 jovens, que são tantos, numa pequena cidade do interior, a viverem seus instantes juvenis mais intensos através da arte, em um Sertão de hoje (primeiros anos do século 21), lotado de singularidades e dualidades (que nem mais se distanciam): o urbano/rural, o folclórico/cético, o artesanal/industrial, o moderno/tradicional, bem distante da estereotipação secular em tempo-espaço de toda a região Nordeste do Brasil, tratada como uma, sendo tantas, e como se inerte ao longo da história. Tantos nós é um grito de existência a tudo isso, e um fichamento à arte, à juventude e ao Sertão d'ágora, lotados de tantos cantos e pedaços de tempo.
Passeio pelas ruas de mim [e de outros] é o 4º trabalho poético de Mailson Furtado. A poesia visual, poema-crônica, micropoemas, microrroteiros são algumas das novas propostas e experimentações, que o poeta traz, um tanto distantes de trabalhos anteriores.
Os poemas, em texto e imagem, continuam a narrar a cidade de Mailson (já presente em sua última obra - à cidade/2017, vencedora do Livro do Ano do Prêmio Jabuti de 2018 ), que é urbana e rural simultaneamente. Trazem um caminhar pelas diversas influências do autor - estas, que também são ruas -, que vão desde a literatura de folheto de cordel à poesia marginal política presente e entoada em praças país adentro, a passar pela arte visual - moderna, pós-moderna, contemporânea -, e outras tantas influências externas, internas da vida como ela é.
Passeio pelas ruas de mim é um livro-galeria. Um álbum. 52 paragens de zilhões de ruas, que se emburacaram dentro do poeta - ‘nenhuma igual a outra’: Eis um passeio por tantas e tantas, algumas por existir, outras nem mais. Há a oferta a este, de mãos dadas, que inicia no nada e vai à imensidão do tudo, que nada mensura.
ele é um abordar biográfico daquele(s) que não se conta(m), e, por vezes, nem se sabe(m): a história d’ele – a ser tantos e nenhum. Um poema-livro (ou uma crônica, também) sobre o viver de um cidadão comum, preso a flutuar sobre seus dias e lugares, a sequer saber de si.
Numa teia de influências, o livro se embaralha entre verso, prosa e insights cênicos. Articula-se numa arquitetura epopeica de clássicos ocidentais junto ao hibridismo de movimentos artístico-literários desses dias, além da presença de discussões filosóficas contemporâneas, numa voz poética seca quase 'apoética', vezes humorada, vezes inerte, vezes lancinante, vezes qualquer-coisa, no buscar tangente do encontro ele/eu. E assim (mais uma vez): o sertão (cravado também na urbe), ainda mais pulsante, puramente verborrágico, e em carne-osso.
nômade é um compilado dos primeiros escritos e publicações poéticas do cearense Mailson Furtado. Compõe-se de 43 textos, todos escritos de 2007 a 2014, publicados inicialmente nos livros Sortimento e Versos Pingados, 2 deles, em Passeio pelas ruas de mim, e outros 5, inéditos.
Sem um lugar fixo de encontro, traz incrustada na sua voz e formas, as primeiras influências de Mailson: marcas muito fortes da geração mimeógrafo e tropicalista, de traços líricos drummondianos e rítmicos da poesia popular nordestina, com uma ou outra pitada neoconcreta, que guiam o entendimento da gênese dos experimentalismos presentes nas obras que se seguiram (à cidade, passeio pelas ruas de mim [e de outros] e ele). Com raras exceções, todos os poemas, se comparados a sua primeira publicação, passaram por um processo de lapidação e acabaram por receber releituras, ganham uma nova roupagem, mas sem a perca de seus motivos centrais quando compostos.
ESQUINAS é um convite a um passeio, se não (também) uma fresta a dizer do mundo, em mais um compilado de experimentações poéticas do cearense Mailson Furtado. Escritas entre 2018 e 2022, enovela formas e temáticas, ampliando o dizer do poeta em sua pesquisa de provocação de mundo através de um lirismo áspero (vezes-quando a beliscar o riso irônico) na costura de tantas singularidades dispersas.
A luz, em seus diversos meandros – físico, ilusório, concreto, é a base principal deste caminho. Dividido em 4 seções, ESQUINAS é um itinerário, e cartografa arestas de vida suspensas no eterno caminhar da luz. A primeira rua (seção I), apresenta numa voz seca, cética (através de conceitos da física) e mística o que seja a vida, provocando-a (quando não, arengando-a); a/na segunda rua (seção II), a luz segue, ainda protagonista, mas mergulha ao desvelar humano, na pesquisa ao encontro do eu, em sua psique e concretude no real de um hoje pós-moderno; caminho (seção III) segue o eu, no entanto, trazendo em primeira pessoa a vida dada pelo próprio autor, descobrindo-o sob rasuras, esbarrando a lembrar e registrar toda essa travessia em postais ao avesso (seção IV), moldando imagens desafinadas de todo o trilhar.

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